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A deputada Constança Urbano de Sousa, com ingenuidade e ignorância (duas coisas que andam sempre a par), representa o papel da anti-semita de serviço, tal como Salazar e o Ministério dos Estrangeiros da época (a II Guerra) duvidavam sempre da existência de tantos judeus portugueses. Pode não ser – mas cumpre o papel. Assim, ela pretende modificar a lei, aprovada por unanimidade no parlamento, que visava restituir a nacionalidade aos judeus sefarditas expulsos de Portugal e às suas famílias. Foi assim que morreram milhares de judeus com nomes portugueses na Holanda, na Hungria, na Grécia, na Turquia, impedidos de receber um visto português que os pusesse a salvo do nazismo. A deputada acha que há sefarditas a mais a requerer a nacionalidade – que é por manha. Nos anos 30, em Portugal, havia comunidades numerosas no Porto, em Lisboa, Bragança, etc. No século XVI, havia muitos mais – foram expulsos, mortos e perseguidos. Há cerca de 62 mil candidatos à nacionalidade. Não confere com o número dos expulsos pela Inquisição ou abandonados por Salazar em 1939, que foram mais. É uma vergonha.
Da coluna diária do CM.
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