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Bruce Chatwin (1940-1989) morreu novo, aos 48 anos – e deixou uma obra cujo centro é Na Patagónia, um livro que, de certa maneira, reinventou a literatura de viagens. Tudo começa com um «um pedaço de brontossauro» (a avó guardava a relíquia em casa) que teria vivido na Patagónia argentina, aliás na Terra do Fogo, a sul do estreito de Magalhães. Foi para lá que Bruce Chatwin, jornalista e especialista em história de arte numa leiloeira londrina, partiu quando tudo o cansava na sua vida. Tornou-se escritor. Estávamos em 1977, e em dez anos escreveu ainda um livro tão formidável como Canto Nómada (sobre os aborígenes) , ou a curiosidade O Vice-Rei de Ajudá, entre outros. Na Patagónia foi o livro que me levou à Terra do Fogo, onde acaba a terra e começam os mares da Antártida, a sul do canal por onde Charles Darwin entrou em 1833 a bordo do navio Beagle. No seu livro, Chatwin reencontra o rasto a foragidos e a uma estranha comunidade de homens que se perderam entre os glaciares e os pântanos – é de uma beleza comovente. Hoje, se fosse vivo, completaria 80 anos. Resta-nos lê-lo.
Da coluna diária do CM.
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