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O Presidente da República, ingénuo, tinha imaginado uma celebração mais “simbólica” do 1.º de Maio pela CGTP – e não a ocupação da Alameda, como se a central sindical tivesse, à maneira bolchevique, ocupado o Palácio de Inverno em 1917 e fuzilado os czares. Como lhe respondeu ontem o Sec. de Estado da Saúde, numa proclamação filosófica, “a realidade é dinâmica” e “de cada vez que pestanejamos, a realidade muda” (toma, Marcelo!). No mundo dos flibusteiros do futebol, isso já se sabia – “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”, dizia um dos filósofos desta área da realidade. Veja-se o senhor presidente da AR, que interpretou com juízo este princípio e ontem, por escrito, impôs o “uso de máscara” no Parlamento, ao arrepio do que defendera dias antes (“não vamos mascarados”) e certamente contra a opinião da senhora Diretora-Geral da Saúde, que foi sempre contra o uso de máscara. Neste jogo de cómicos, muito parecido com o PREC – e sem peregrinos mas com celebrantes –, a igreja católica deu uma inesperada lição de sensatez e dignidade a propósito das suas celebrações em Fátima.
Da coluna diária do CM.
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