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Voltar à vida – com temperaturas elevadas, como as que se preveem para domingo, é bem provável que o fim do estado de emergência seja uma espécie de armistício antes do tempo. Mas, sobre isso (e, sabe Deus, sobre muitas outras coisas), deixei de fazer previsões. De resto, a temporada forneceu-nos uma enormíssima vaga de especialistas instantâneos em epidemiologia, leitores de estudos científicos complexos e de circulação restrita, e desconhecidos académicos que discutem se o “modelo sueco” é ou não mais eficaz do que o sistema de ataque checo. A todos desejo boa saúde e proteção especial. A mim, incomodam-me as praias. Incomodam-me a economia, o emprego, o sofrimento dos ignorados, sim. Mas incomodam-me as praias. E, daqui, humildemente peço à senhora Diretora-Geral da Saúde que, pelas alminhas, não mas interdite nem se ponha com rigores. Ela, que já considerou que não devíamos usar máscaras, é capaz de me salvar nesta angústia com uma desculpa mais verosímil: a água do mar e o sol são capazes de matar o vírus, por exemplo. Todos somos humanos, desculpem. Precisamos tanto.
Da coluna diária do CM.
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