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Depois de expulso da Rússia czarista, conheceu o exílio em Munique, Londres ou Genebra, de onde regressou num comboio selado até à Estação Finlândia, na então Petrogrado (nome czarista que mudou para Leninegrado em 1924 e, após o colapso da URSS, recuperou o inicial de São Petersburgo). Na verdade, a revolução russa de 1917 não teria existido sem Lenine. Manobrador paciente e corajoso, sacrificando quase tudo aos “interesses da revolução” pela qual deu a vida e pela qual obrigou milhões de russos a dar as suas, foi o teórico central do comunismo como o conhecemos até aos anos 80. Molotov, que conheceu bem os dois ditadores, disse um dia que Lenine era bem mais cruel e implacável do que Estaline, que lhe herdou o trono depois de afastar Trotsky. Indiferente ao sofrimento, ao sono e aos apelos de humanidade, egocêntrico, tudo nele se confundia com a revolução, o novo regime, o terror vermelho, os ódios pessoais e políticos, tão mortais como mortíferos, a sua crueldade pública, as ordens de fuzilamento e a paixão pela violência. Vladimir Ilitch Ulianov (1870-1924) nasceu há 150 anos.
Da coluna diária do CM.
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