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Diz-se que Marcelo Mastroiani foi o seu primeiro namorado e, contra isso, não há nada a fazer – seria um casal perfeito. Mas não foi assim. Silvana Mangano, que hoje completaria 90 anos (1930-1989) é uma dessas presenças raras do cinema do pós-guerra – um símbolo que modelaria o nosso ideal de beleza. Com o filme de estreia, Arroz Amargo (1949), ao lado de Vittorio Gassman, conheceu o produtor Dino de Laurentiis, com quem viria a casar. Agora, é enumerar alguns dos filmes que fizeram a nossa memória: Anna, onde interpreta a figura de uma freira (e dança); Ouro de Nápoles, do fantástico De Sica (com Sophia Loren ou Totò); Ulisses, contracenando com Anthony Queen e Kirk Douglas e onde faz o papel de Penélope; e aqueles filmes de Visconti, Violência e Paixão, com Burt Lancaster, Ludwig ou Morte em Veneza; os de Pasolini, Decameron ou Édipo Rei (é Jocasta) ou Teorema – e aquela aparição de melancolia em Olhos Negros, de Nikita Mikhalkov, finalmente ao lado de Mastroianni. A beleza de Mangano nunca nos cansou ou desiludiu. Nem o seu talento cheio de luz e sombras.
Da coluna diária do CM.
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