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Greta Garbo. Só isso basta.

por FJV, em 15.04.20

O escritor Sinclair Lewis (Nobel em 1930, o autor de Rua Principal ou Babbitt) dizia que era “a única atriz que só representa na tela” e nunca ficou tremendamente ‘hollywoodesca’ – mas, na verdade, não conhecemos nada de “real” para lá desse rosto onde se refletiam a melancolia, a tristeza, a perdição, o desejo de pacificação da sueca Greta Garbo (1905-1990). Há pouco tempo, a dar arrumação a filmes que já não via há muito, encontrei uma cópia de Ninotchka, de Lubisch, onde Greta é uma mulher russa seduzida (nas vésperas da II Guerra) pelo “modo de vida ocidental”. É um dos derradeiros filmes de Garbo, que se retirou aos 38 anos, silenciosa, discreta, sexualmente ambígua, de uma beleza controversa e raríssima; antes disso vêm Margarida Gauthier, dirigido por George Cukor (uma versão de A Dama das Camélias, de Dumas), ou Ana Karenina (a adaptação, em 1935, do romance de Tolstoi). Greta Garbo fica bem nos dois, como mulher fatal, o que já acontecera em O Véu Pintado, baseado num romance de Somerset Maugham. Passam hoje 30 anos sobre a sua morte. Nunca a esqueceremos.

Da coluna diária do CM.

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