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As autoridades já cometeram boa parte da percentagem de erros habituais: omissão de factos, negação da realidade e desvalorização em excesso (a ministra da Saúde e a Diretora-Geral foram campeãs), má avaliação política e demora em aplicar medidas rigorosas. A ninguém escapa que as decisões do governo, mesmo sendo corretas, foram tardias; e que a chamada “sociedade civil”, em geral, adiantou-se às decisões do chamado “aparelho central” – basta ver as decisões dos governos dos Açores e da Madeira, das câmaras do Porto ou de Cascais, bem como da generalidade dos portugueses. As autoridades, em muitos casos, foram atrás da própria sociedade e do esforço e competência dos profissionais da saúde. Mesmo na questão do “açambarcamento”, lamento não ir na conversa geral de criticar as pessoas que foram aos supermercados. Em comparação com outros países, foi calmo e sem drama; as pessoas não “açambarcaram” senão por não saberem se e por quanto tempo podem ficar impedidas de fazer compras para cuidarem das suas famílias. E em geral, sim, fomos (todos) melhores do que as autoridades.
Da coluna diária do CM.
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