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Lembram-se de Perry Mason? Claro que lembram. Era ligeiramente cretino – mas um génio no tribunal e na investigação dos crimes que lhe emprestaram a fama que mantém até hoje. De certa maneira, interpretava o papel que o seu criador teve no campo literário: ambicioso, arrogante, trabalhador, frontal e inteligente. Quem, de entre os apaixonados pelo policial não leu os “casos” de Perry Mason, nos livros de Erle Stanley Gardner (1889-1970), um californiano atípico que nasceu no Massachusetts, e que parecia um rancheiro do Texas a dirigir um escritório de amanuenses? Lembram-se de alguns? O das Garras de Veludo, o da Rapariga Caprichosa, o dos Dados Viciados, e tantos outros, protagonizados por Perry Mason (houve uma série televisiva interpretada por Raymond Burr), com a sua voluptuosa secretária Della Street. Além disso, Stanley Gardner, com o pseudónimo A.A. Fair (teve 8 pseudónimos), criou ainda a dupla Daniel Lam e Bertha Cool, muito mais interessante, que nasceu no atrevido Divórcio Sangrento. Vendeu mais de 3 mil milhões de livros – passam hoje 40 anos sobre a sua morte.
Da coluna diária do CM.
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