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Em tempos de vírus, falei ontem de A Peste, o romance de Albert Camus que, juntamente com Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago, regressou à lista dos livros mais vendidos em Itália, ou em França. São páginas que nos confrontam com outras epidemias coletivas. Recolhido em casa, leio outras coisas – Eça, por motivos profissionais, imagine-se; um livro sobre a China de hoje; um novo livro da bela poesia de José Alberto Oliveira, Rectificação da Linha Geral (Assírio & Alvim). O que nos ensinam estes dias? Coisas simples: o valor da parcimónia, o do tempo contado (título de um livro de J. Rentes de Carvalho), o da espera. Enquanto isso, o mundo rola. Uma tempestade perfeita, para sermos mais precisos: admira-me que tão tardiamente se acorde para a crise na justiça, para o caos na saúde ou para a altíssima corrupção no futebol; percorro o mapa para perceber como a crise entre a Síria e a Turquia vai afectar a Europa em geral; leio que há alunos portugueses, de Elvas, que reinventarão partes do Quixote, de Cervantes, o que me dá esperança em qualquer coisa que não sei bem o que é.
Da coluna diária do CM.
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