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Tom Hanks, não sei se se lembram, é Sherman McCoy no filme A Fogueira das Vaidades, de Brian de Palma – aparecem também Bruce Willis, Morgan Freeman e Melanie Griffith. O filme não é especialmente bom, mas adapta para a tela o livro de Tom Wolfe com o mesmo título, um retrato da América desses anos 80 – muito mais do que a literatura vagamente juvenil da época. Tom Wolfe tinha a seu favor anos e anos de vida e de “novo jornalismo” (com Gay Talese, genial, à cabeça, mas também Norman Mailer ou Truman Capote), e um talento interminável. Tinha publicado reportagens como The Pump House Gang (sobre os meios contraculturais dos anos 60) ou Radical Chic (uma bela ironia sobre a esquerda e os seus sentimentos de culpa) – e um livro (The Right Stuff) depois adaptado ao cinema (Os Eleitos em português, com um notável Sam Shepard). Eu Sou Charlotte Simmons é um retrato cru e cruel das universidades americanas, do seu sistema de castas – e da ignorância reinante, que castiga os melhores. Wolfe, um historiador do presente, morreu em 2018 (nasceu em 1930). Hoje completaria 90 anos.
Da coluna diária do CM.
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