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Grande parte da história do rock é feita de violência – por mais que nos aproximemos do palco e nos encantemos com a música, é esse o resumo. No rap, multipliquemos por vários números, porque a violência faz parte da “arte”. Veja-se a história de Unclekeef, aliás Fábio Fonseca, um rapper que é acusado de, durante meses, ter maltratado a namorada, sujeitando-a a espancamentos regulares e a chantagem emocional e sexual. Depois de ler a notícia no CM de ontem, fui ver as letras de alguns dos seus raps. Elucidativas, em filmes bem feitos, de acordo com as normas (falar das mulheres como ‘cabras’, por exemplo, ou enrolar um charro, nada de mais). De resto, o folclore e os gestos habitual ligados ao hip hop. Claro que a namorada de Unclekeef não foi espancada por ele ser rapper (embora isso possa ajudar, bastando recordar o historial de violência ligado ao género); mas espanta-me que ontem, nas chamadas “redes sociais”, tenham aparecido já comentários de rapaziada amiga a alertar para a “decisão racista” de manter preso o jovem rapper. Sabem-na toda, os meninos.
Da coluna diária do CM.
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