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Isaac ben Judah ou Abravanel nasceu em Lisboa (1437) e é um nome grande do judaísmo, como político, estudioso e místico. A família de Boris Pasternak, o autor de Doutor Jivago, apresentou-se por vezes como descendente do judeu português. O seu pai, pintor, ilustrou livros de Tolstoi, de quem era amigo; a mãe era pianista; as visitas de casa eram Rilke ou Rachmaninov – e a sua geração literária foi a de Mandelstam ou Maiakovski, cuja poesia estava na lista negra da revolução russa. Tradutor de Shakespeare ou Goethe, Rilke ou Verlaine, a obra maior de Pasternak (começada em 1945 e concluída em 1954) é Doutor Jivago, uma história de amor sob o estalinismo e a guerra. A publicação do livro –proibido na URSS até 1989 – em italiano, pelo editor comunista Feltrinelli, em 1957, abriu-lhe as portas do Nobel no ano seguinte, que não pôde receber. Pasternak (de quem Ramos Rosa traduziu Melodia Interrompida em 1958) não pôde ver o filme de David Lean, com Omar Sharif e Julie Christie; morreu em 1960. Hoje, que passam 130 anos sobre o seu nascimento, lembremos Jivago, Lara e o seu livro.
Da coluna diária do CM.
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