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Com a morte de George Steiner (1929-2020), anteontem, é outro sábio que desaparece. Olhando para a estante vejo A Morte da Tragédia, Depois de Babel, Errata, Linguagem e Silêncio, As Lições dos Mestres, Presenças Reais, No Castelo do Barba Azul, O Silêncio dos Livros, As Artes do Sentido, Dez Razões para a Tristeza do Pensamento ou Antígonas, entre outros. Nascido em Paris numa família de emigrantes austríacos, estudou em Chicago e doutorou-se em Oxford. Viveu em toda a Europa (escreveu mesmo um breve A Ideia de Europa) e amava a literatura, as línguas, a música e a arquitetura. Em Errata, uma maravilhosa autobiografia inteletual fala dessas paixões, da aprendizagem com os mestres, do esforço necessário para compreender o mundo, do “judaísmo de esperança secular” e do mistério do conhecimento. É um livro notável, tal como Os Livros Que Não Escrevi, onde – falando da pena que teve em não escrever sobre alguns temas – acaba por escrevê-los. Steiner era um sábio enternecedor, um mestre, um leitor, um homem que abria janelas no meio das muralhas.
Da coluna diária do CM.
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