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Agressões.

por FJV, em 17.01.20

Na quarta-feira passada, uma juíza e uma procuradora do Ministério Público foram agredidas num tribunal de Matosinhos; ontem, quando o caso se tornou público, o Ministério da Justiça tornou pública a sua solidariedade. É uma posição justificada e inteiramente diferente da que assumiram os ministérios da Saúde e da Educação depois de se conhecerem casos de agressão a professores, auxiliares educativos, médicos e enfermeiros. Se o caso da Saúde contou com o deplorável momento em que a ministra tentou desvalorizar as agressões por se tratar de enfermeiros e “apenas de violência verbal” (é falso), já o da Educação é uma prática tão recorrente que ameaça ser banal, diante da indiferença pública do ministério respetivo. Os professores são uma classe maltratada e menorizada; submetidos a todo o género de tarefas, exigências e burocracias, os responsáveis ministeriais contam que seja também um grupo profissional mal frequentado e suficientemente desmoralizado e descredibilizado – tanto que não seja necessário vir a público defendê-los quando são agredidos nas escolas ou nos seus portões.

Da coluna diária do CM.

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