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Em Portugal, qualquer um foge da palavra como se fosse o demónio; na tradição continental europeia, a designação “conservador” é – infelizmente – pejorativa. É uma pena, porque isso impediu muita gente de ler a tão importante obra de Roger Scruton, o filósofo conservador inglês que morreu no domingo passado (nasceu em 1949) – autor, entre outros livros, de ‘As Vantagens do Pessimismo’, ‘Como Ser um Conservador’, ‘Tolos, Impostores e Incendiários’ ou ‘Beleza’. Scruton acreditava que havia coisas que devíamos conservar: a ideia de beleza era uma delas, juntamente com as leis que funcionam e que não é necessário alterar, a relação com a natureza (foi um crítico impiedoso da relação entre o capitalismo e a depredação do planeta), um equilíbrio justo entre o indivíduo e a comunidade, tal como o dever de integrar os emigrantes nas sociedades europeias, ou de um sistema de ensino de grande qualidade aberto a todos. Homem amável e tolerante, foi perseguido pelas suas ideias e banido das universidades. A sua obra há de continuar a ser um lugar de inspiração para as pessoas de bem.
Da coluna diária do CM.
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