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Império do Meio.

por FJV, em 23.12.19

Num país que mantém um certo racismo anti-chinês, quando me perguntam por que razão gosto de Pequim, respondo sempre da mesma forma: porque não entendo. Mas, para quem se recorda da China de há quarenta anos, saída de um regime penoso e violento – cujos retratos de pobreza eram sempre embaraçosos e, muitas vezes, chocantes –, há muito para compreender e muito mais para aprender. Não apenas (para retomar um lugar comum) uma civilização milenar, rica, cheia de momentos prodigiosos, conflituosa, enigmática, onde crueldade e espiritualidade estiveram muitas vezes alinhadas – mas também a forma como, no meio de muitos e naturais sobressaltos, a China moderna se tornou um território rico de experiências e modernização. Muitos dos desafios do futuro (nem todos com desenlace positivo) terão lugar a partir do velho Império do Meio. Não existe, provavelmente, geografia onde mais mudanças se tenham registado nos últimos vinte anos, sobretudo no mundo tecnológico e na forma como milhões de pessoas foram retiradas da pobreza ou da escassez e da luta pela sobrevivência – e devolvidas à vida.

Da coluna diária do CM.

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