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Lembram-se de ‘O Bom, o Mau e o Vilão’, de Sergio Leone? O título colou-se-lhe à pele para sempre: vilão. Lee van Cleef era um homem de uma beleza brutal e tranquila, e a vilania foi uma espécie de segunda pele – foi como vilão menor que se estreara, catorze anos antes, em ‘O Comboio Apitou Três Vezes’ (1952). Não entra em ‘Por um Punhado de Dólares’ (de 1964), mas já está em ‘Por Mais Alguns Dólares’ (1965), o segundo dos filmes da trilogia de Sérgio Leone em que Eastwood nunca tem nome: Lee Van Cleef tem um papel decente, mas em ‘O Bom, o Mau e o Vilão’ notamos o seu rosto fino preparado para qualquer cicatriz, o nariz inconfundível, o ar de cavalheiro, a roupa que o distingue dos cowboys – e dissimulação que tanto faz dele um homem honrado como um traidor capaz de tudo, apesar do papel de Sabata ou de xerife em vários westerns posteriores. É Angel Eyes, olhos de anjo, se se recordam, e, ao lado de Clint Eastwood (o bom) e de Elli Wallach (o mau), Lee Van Cleef é o vilão sedutor apesar de todas as traições. Morreu há trinta anos, em 1989, assinalados hoje. É o meu vilão preferido.
Da coluna diária do CM.
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