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Selma.

por FJV, em 10.12.19

O Nobel da Literatura de 1909 foi anunciado a 10 de dezembro – dois meses depois do que é hoje tradição, em outubro – e, pela primeira vez, distinguiu uma mulher, a sueca Selma Lagerlöf. Passam hoje 110 anos exatos. Dos oito laureados antes dela (o prémio começou em 1901), talvez só tenha sobrevivido ao tempo o inglês Rudyard Kipling – mas Selma ficou, não apenas por ter sido a primeira mulher a recebê-lo, mas porque escreveu um livro maravilhoso, A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia. Se não leram, aproveitem a lembrança. Não é apenas a história do pequeno Nils, transformado em duende, que viaja durante sete meses sob o dorso de um ganso, de norte a sul do país, descrevendo-o na sua geografia, enternecendo-nos, contando histórias de animais ou atravessando a carta dos climas, das baías do sul até à Lapónia – e volta. Selma Lagerlöf, que nunca deixou de ser uma agricultora, escreveu também um livro intitulado O Imperador de Portugal, a história enternecedora de um homem que sonha com um país de fruta e vinho – o nosso – depois de enlouquecido pela solidão. 

Da coluna diária do CM.

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