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Não valia a pena começar por reafirmar que Cristiano Ronaldo é um enorme talento do futebol, mas já está dito. É muito o que Portugal tem retirado dessa vantagem nos estádios. Que a sua vida privada e familiar seja isto ou aquilo é coisa que não me comove (é um espectáculo, nada mais), mas acho admirável e exemplar que o rapaz modesto e pobre da Madeira tenha chegado onde chegou – motivo de orgulho meu e nosso, conquistado palmo a palmo com o seu esforço. Há só uma coisa que me incomoda gravemente e não é a falta de humildade, de sentido das proporções – ou o seu ego, que chegou onde chegou pelo motivo simples de poder chegar lá sem ser nos bicos dos pés, até porque também marca golos de cabeça. O que me incomoda realmente é que Ronaldo só vá à entrega da Bola de Ouro (ou qualquer outro prémio) quando tem a certeza de que vai ganhar. CR7 tem um talento natural para a vitória, mas era bom que desse o exemplo e se levantasse, uma vez na vida, para aplaudir outro qualquer (como Messi, de quem eu nem gosto especialmente) e reconhecer que não está sozinho no universo.
Da coluna diária do CM.
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