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Tenho por Rui Tavares não só amizade mas também admiração pelo seu trabalho e talento de historiador. Sou seu leitor e amigo – e discordo de boa parte das suas propostas políticas, o que não obsta a que considere que era bom o Livre ser no Parlamento uma voz da esquerda não marxista (como creio ser o caso do Rui), europeísta e ecologista. Tirando isto (e outros elogios que poderia fazer a Rui Tavares), é claro que a trapalhada com Joacine Moreira era esperada. Joacine foi uma candidata de fachada, boa para marketing entre universitários, o seu eleitorado-chave. Não defendeu uma única ideia durante a campanha; repete, enfastiada, todos os lugares comuns e advérbios da política identitária; desconhece o que seja a coerência ideológica; ignora o que seja o mundo da política e a natureza dos seus compromissos e prioridades. Joacine foi – desde o princípio, como se viu – uma oportunidade perdida. Não por ser quem é (outra mistificação), mas por transmitir uma arrogância que o Livre talvez não mereça mas que, para sermos justos, tem de encaixar e assumir. É uma lição que saiu cara.
Da coluna diária do CM.
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