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Quatro filmes, imaginemos: The Country Girl (com Bing Crosby e William Holden), Chamada para a Morte (de Alfred Hitchcock), Ladrão de Casaca (com Cary Grant) ou Janela Indiscreta (de Alfred Hitchcock, com James Stewart) – em todos eles, de 1954 e 1955, Grace Kelly brilha perversamente, com aquele olhar vagamente inocente de quem tem ainda mais a esconder do que a prometer. Atrizes assim, são raras – tanto podem abrir o jogo, como Jane Russell, ou escondê-lo, como Lauren Bacall. Ou fingirem que não há jogo nenhum, o que também lhe peamitiria entrar em Alta Sociedade ao lado de Bing Crosby e Frank Sinatra a cantar Cole Porter, em 1956, ano do seu casamento com o príncipe Rainier do Mónaco. O que nos resta da sua perversidade está em Janela Indiscreta, o filme mais prometedor de todos eles, fingindo uma inocência que nunca teve. Admirável, belíssima, taágaca (morreu em 1982, num acidente de automóvel), Grace Kelly continua viva para quem alguma vez se apaixonou por ela e pela sua voz que já era aristocrata antes de ser princesa. Hoje completaria 90 anos.
Da coluna diária do CM.
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