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Há 25 anos estive no quarto de Trotsky, em Coyocán, Cidade do México, onde foi assassinado a 1 de agosto de 1940. Nas paredes estão ainda as marcas das balas. No armário, a roupa de Leon e de Natalia, a mulher. No jardim, tranquilo, a duzentos metros da casa onde vivia Frida Khalo (com quem teve um caso), a sepultura com as suas cinzas. Na biblioteca, um livro de Ferreira de Castro e um de Aquilino Ribeiro, pura curiosidade para um visitante português. Trotsky escrevia como um obstinado e escrevia sobre tudo, tal como Lenine, Estaline ou Mao – e fê-lo sempre, antes e durante a revolução soviética, e depois no exílio. O mexicano Paco Taibo II, no seu livro A Quatro Mãos, põe Trotsky a escrever um policial; podia tê-lo feito, Trotsky era incansável. A ideia de “revolução permanente” assentava que nem uma luva ao seu temperamento elétrico. Fez os discursos mais alucinados da revolução bolchevique e parte do regime de terror da URSS (o ‘terror vermelho’, qe defendia) deve-se-lhe inteiramente, até à morte de Lenine e ao combate com Estaline. Trotsky (1879-1940) nasceu há 140 anos.
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