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Harold Bloom (1930-2019), que morreu na passada segunda-feira, foi um dos últimos grandes críticos. Mais do que isso, um académico, um leitor, um scholar e um profeta – e autor de livros tão importantes como O Cânone Ocidental, Poesia e Repressão, Génio, A Angústia da Influência, Shakespeare (que ele via como o génio dos génios), Onde Encontrar a Sabedoria ou Como ler e Porquê? – entre muitos. Bloom sabia que era um dos derrotados da História e que atravessaríamos uma época, a que estamos a viver (que designou como “a era do ressentimento”), em que os critérios de valorização de um autor ou de um livro não seriam “literários”, mas políticos, identitários, raciais ou sexuais. Por isso, era um homem livre e escrevia o que entendia, sabendo que, de qualquer modo, nunca iria ser “popular”. Mas os seus livros, sobretudo O Cânone Ocidental e Génio, são guias especiais sobre o que de melhor a literatura e o génio de pessoas com talento (entre os quais nomeia Eça, Camões, Machado de Assis, Pessoa e Saramago) produziu desde que se escreve no chamado Ocidente.
Da coluna diária do CM.
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