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Volto às “questões ambientais” por instantes. Uma das coisas que mais me impressiona é o facto uma boa maioria dos fanáticos que exerce militância no campo das “alterações climáticas” achar que tudo isto é novo, e que as gerações anteriores tudo fizeram para “destruir o planeta”. Por isso a sua mensagem é tão infantilóide – e a ideia de que a sua missão está “para além da ideologia” é tão perigosa. O resultado não é uma discussão ou uma negociação sobre como vamos alterar os nossos hábitos (em meu entender, regressar a certos hábitos), mas uma sanha persecutória contra os pecadores. Não contra as empresas poluidoras, os governos que desrespeitam os acordos, a falta de vigilância e de cuidado – mas contra quem come carne, usa champô, não se comove com o discurso de Greta Thunberg e, sobretudo, contra quem não usa palavras mágicas e já gastas como “sustentável” ou “pegada de carbono”. Um dia vão descobrir que certos hábitos, que detestavam nos seus avós, eram realmente os mais corretos. O mundo não nasceu hoje com esta geração justiceira – é uma soma de passados.
Da coluna diária do CM.
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