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O consumo de carne deve ser moderado, todos o sabemos, por razões económicas, de saúde e ambientais. E há formas de o conseguir com moderação, sensatez e civilidade – e sem dar origem a galhofa, que estraga tudo. Mas os radicais da treta, como os nossos, começam pelas proibições; se forem pomposas, melhor para a fotografia. Veja-se o simpático reitor (digo isto porque o é, além de cientista de excelência) da vetusta universidade de Coimbra, por exemplo, que anunciou a proibição do consumo de carne de vaca nas suas cantinas, a fim de reduzir a pegada de carbono. Como suplemento, para mostrar que é um cavalheiro atualizado, na linha da frente, usou a expressão “emergência climática”, copiando o slogan do Bloco de Esquerda – o que é de uma inteligência supimpa mas o deixa ao nível da matraca de comício. Proibir por razões piedosas vai ser a grande moda nos próximos anos, permitindo todo o género de moralismos e autorizando pequenos ditadores de bairro, até se descobrir que o excesso é sempre bacoco. Senão, vamos lá, corajoso, corajoso – era proibir o consumo de carne.
Da coluna diária do CM.
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