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Em podendo, e como a proximidade da beleza nos comove, é recomendável ir uma vez por ano ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa. Até ao final do mês, além de visitar o museu propriamente dito (a sua coleção é admirável) há uma exposição intitulada “Museu das Descobertas” – a designação, atrevida, diz respeito aos segredos de cada peça guardada num museu, à forma como evoluiu (e mudou) o nosso conhecimento sobre certas obras, ao modo como os meios tecnológicos permitem, hoje, perceber que Hieronymus Bosch hesitou muito ao longo da pintura das “Tentações”, como determinados traços ou personagens foram “rasuradas” de telas que julgávamos definitivas – ou como a extinção das ordens religiosas pôs em perigo a preservação de tantas peças. Ir ao MNAA deixa-me sempre em suspenso daquela beleza que atravessa os séculos, desde o assombroso quinhentista “Ecce Homo” aos painéis de Nuno Gonçalves, passando pelo Martírio de S. Sebastão de Gregório Lopes, obras de Bosch e Dürer, ou a coleção “oriental”; é uma lista muito grande. Uma ou duas vezes na vida – ao menos isso –, vão lá.
Da coluna diária do CM.
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