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Assinalam-se hoje os 360 anos do nascimento do britânico Henry Purcell (1659-1695). A data não diz muito aos meus leitores e temo perder alguns desde a primeira frase desta crónica – mas Purcell é um dos meus compositores preferidos; a sua música é um eco de grande pompa ou larga melancolia e obras como Fairy Queen (que se baseia em Shakespeare), The Indian Queen ou Dido e Eneias (para não falar de uma das suas grandes canções, More Love or More Disdain) merecem ser ouvidas uma vez na vida. Mas não é sobre isso que gostava de falar. Num país que cultivasse o gosto pela música, saberíamos quem foi Purcell – mas conheceríamos também os nomes de Fr. Manuel Cardoso, Carlos Seixas, João de Sousa Carvalho, Domingos Bontempo, Vianna da Motta, Marcos Portugal, Francisco de Lacerda e tantos outros, incluindo contemporâneos. Mas isso exigia ouvir música nas escolas, educação para a sensibilidade e para a cultura, e não pequenos cérebros de serviço à mediocridade a tomar conta dos destinos da educação. É uma pena, mas o empobrecimento parece generalizado. Embora muito contentinho.
Da coluna diária do CM.
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