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O anticlericalismo militante.

por FJV, em 06.09.19

Mais cómico do que um padre católico a tentar justificar a Inquisição (um dia destes trago-vos um deles, lusitano e tudo), só mesmo os arrepios de anticlericais militantes – veja-se o burburinho quando se soube que, a 5 de outubro, o Presidente da República ia a Roma assistir à cerimónia da elevação a cardeal de Tolentino de Mendonça. Ai que não pode ser – e então a República, os vivas ao dr. Afonso Costa, a banda na Praça do Município e a chapelada da ordem? Sendo óbvio que o PR pode bem assistir às cerimónias e voar para Roma – ou vir de Roma a tempo de assistir o desfile da GNR e ao fecho das urnas –, é preciso explicar que a escolha do poeta e sacerdote Tolentino de Mendonça pelo Papa Francisco não é apenas matéria eclesial vaticana: reconhece o seu lugar (e o seu futuro) nas novas orientações da sua igreja. No contexto atual, significa bastante mais (trata-se da mais meteórica ascensão na moderna hierarquia católica), mesmo para almas anticlericais que se excitam com facilidade. E sim, nestas condições, o PR deve assistir à cerimónia de Roma. E marchar para casa, em podendo.

Da coluna diária do CM.

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