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Geralmente, o país merece o que lhe vai acontecer. Para o bem e para o mal, mas sobretudo para o mal. Se acreditássemos nas sondagens (evidentemente que acreditamos), pensaríamos que tudo tem corrido bem demais, e que nada justificava uma certa apreensão em torno do resultado final, em Outubro – quando a meteorologia promete calor, e vamos apreciar o vencimento de prazos em certos inquéritos da Procuradoria, futebol a arder, famílias ocupadas com o início das aulas e mais disparates do dr. Rio. O caso de Tancos, o episódio das ‘golas’, as reações diante dos incêndios florestais, as operações de propaganda e ocultação, o caso da greve manipulada dos camionistas (preparem-se para um belo desfecho vitorioso do governo, que tem dramatizado porque já sabe o resultado), a rede de negócios e cumplicidades perigosas entre famílias & amizades de longa data – nada disto promete, ao contrário do que pensam certas almas tranquilas, afetar a caminhada do contentamento português. Até o verão tem ajudado: manso, gélido à noite, chega finalmente para acomodar mais contentamento.
Da coluna diária do CM.
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