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Moby Dick, de Herman Melville, é uma das obras-primas mais notáveis da nossa literatura; fala de superação, busca, confronto, domínio, ascensão e queda, risco, sonho e do mundo tenebroso e maravilhoso do mar. A luta (narrada pelo marinheiro Ishmael) entre o capitão Ahab e Moby Dick, a baleia branca, é uma prodigiosa metáfora sobre a natureza humana e deu lugar a um livro que tem de tudo, como se deve dizer dos grandes romances: desde conhecimentos da vida do mar (Melville conheceu-a verdadeiramente e elegeu-a como sua obsessão e ganha-pão) até ao domínio da linguagem bíblica, da forma como desenha Ahab até ao desejo de luta e de confronto que toma conta de todo o romance. Com o tempo, Melville transformou-se numa das figuras do pódio da literatura americana, mas terminou a sua vida praticamente na miséria – e Benito Cereno, Billy Budd ou o influente e maravilhoso conto Bartleby, o Escrivão só tarde de mais o levaram ao paraíso da literatura. Melville, que nasceu há 200 anos (assinalados hoje, para nossa felicidade de leitores), nunca imaginaria ser tão grande como é.
Da coluna diária do CM.
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