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O semanário londrino Observer de ontem, domingo, publica um artigo do escritor Richard Zimler (de nacionalidade americana e portuguesa, como sabemos, autor de O Último Cabalista de Lisboa, entre muitos outros): nele, Richard fala do processo de boicote ao lançamento da edição inglesa de O Evangelho Segundo Lázaro (Porto Editora), pelo simples facto de ser judeu. Organizações que tinham manifestado interesse na promoção e apresentação do livro fizeram saber, amedrontadas, que “tinham perdido todo o interesse” depois de saberem que se tratava de um escritor judeu. Não um escritor pró-Israel (Richard criticou várias vezes, e sempre abertamente, as políticas de Nethanyahu), mas um “escritor judeu”. Este clima de anti-semitismo, básico e horroroso, não existe apenas em Inglaterra – onde a perseguição pública a cientistas, autores, artistas e professores judeus, fomentada pela atual liderança dos trabalhistas, tem sido agressiva, tonta e permanente. Está espalhada um pouco por toda a parte, como uma espécie de vírus doentio que nada, nem “as políticas de Israel”, podem justificar.
Da coluna diária do CM.
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