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O terror vegan.

por FJV, em 07.05.19

Salvar o mundo é uma tarefa simples – e prometer a salvação é ainda mais fácil. A primeira coisa é deixar de comer carnes vermelhas e, depois, deixar de comer carne; ficamos logo pessoas melhores e mais pálidas, capazes de grandes gestos de generosidade e abnegação em nome de um mundo melhor e sem ácido úrico. No entanto, o combate dos militantes vegan está a radicalizar-se e a tornar-se violento, tal como os grupos que espalham o terror em Myanmar em nome do budismo. Esta segunda-feira, um comando vegan tomou de assalto um “talho bio” (tomem nota) no mercado de Saint Quentin em Paris (no 10.º Bairro), ferindo o seu proprietário e obrigando ao encerramento da pequena loja. O grupo é conhecido por ter assaltado supermercados, destruindo produtos alimentares e agredindo clientes incapazes de verificar por si mesmos as vantagens de comer  lentilhas e bife tártaro de seitan. Entretanto, caso não tenham visto, 67% de portugueses inquiridos (não sei onde) diz que está de acordo com uma lei que lhes permita levar os animais de estimação para o emprego. Amanhã levo uma iguana.

Da coluna diária do CM.

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Os terratenentes e os filhos mais diletos.

por FJV, em 07.05.19

A história do regime e dos seus terratenentes passa por pequenos episódios. Em 2012, por exemplo, levantaram-se dúvidas sobre o valor autêntico da coleção Berardo e sobre se ela teria sido, afinal, dada pelo proprietário como garantia para certos empréstimos ruinosos contraídos na banca (compra de ações do BCP, supõe-se). Como a operação do Museu Berardo no CCB foi decidida “ao mais alto nível” (de onde resultaram condições muito favoráveis para o empresário), as suspeitas eram explosivas e deviam ter encontrado eco e serem seguidas. Não. As pessoas “amigas do regime” (além das vozes de certos bancos), que coloriam o glamour da época, explodiram, sim, mas em defesa de José Berardo, grande amigo do socialismo e da arte: no fundo, tratava-se de mais um “ataque à cultura” e o comendador, coitado, levava por tabela. O episódio é surreal, mas verdadeiro. O CM de ontem diz que, afinal, três bancos querem agora a coleção Berardo para poderem negociar a dívida. Chegaram tarde, provavelmente. A menos que o regime também abandone os seus filhos mais diletos que tantos favores lhe fizeram. 

Da coluna diária do CM.

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