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A barbárie adormece-nos pela sua repetição em diferentes lugares e circunstâncias: igrejas católicas ou outros locais de culto vandalizados começa a ser assunto banal nas notícias. Não preciso de invocar o número de sinagogas, cemitérios e instituições judaicas ou de mesquitas atacadas – mas o registo de templos cristãos não parece incomodar os próprios, mesmo quando o número de vítimas cresce todos os anos e aparece em primeiro lugar no registo de atentados criminosos. Não apenas em África e na Ásia ou Médio Oriente, mas também pela Europa fora, onde a chamada “consciência cristã” se limita a, muito vagamente, ter sido educada numa ordem a que já ninguém liga e a que a opinião dominante não parece prestar muita atenção. Se os atentados no Sri Lanka decorrem num território de conflitos religiosos permanentes (mas onde os católicos nunca tinham sido atacados desta forma) – sobretudo entre hindus, muçulmanos e budistas –, o vandalismo anti-católico na Europa é silenciado de forma envergonhada pela imprensa. A história não procura vinganças. Mas a indiferença provoca-as bastante.
Da coluna diária do CM.
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