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Coro de vergonha ao saber que um grupo de trabalho governamental vai propor que o Censos de 2021 tenha uma pergunta sobre a “origem étnico-racial” de cada cidadão, ou seja, se se é “branco, negro, cigano ou asiático”. Compreendo que a maquineta ideológica precise destes dados para tirar conclusões sobre “racismo e xenofobia” – quando o que é necessário é tirar conclusões sobre integração social e rendimento familiar (mas isso não lhes interessa, porque, moderninhos como são, já não acreditam na luta de classes). Mas tenho vergonha porque, ainda que essa informação não figure nos Cartões de Cidadão, ela foi pedida numa sondagem que garante que 78% dos portugueses quer essa informação, e que 80% está disposto a dá-la. Eu não quero. Não quero um país de guetos e de etnias em trincheiras. Quero um país onde a etnia, a raça, a religião, a língua ou o sexo não contem para o Estado. E em que sejam punidos os que se atreverem a discriminar alguém com base nestas características. E coro de vergonha ao saber que o grupo tomou a sua decisão com o apoio de uma sondagem onde há tanto racista iludido.
Da coluna diária do CM.
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