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Jerónimo de Sousa filosofando sobre a democracia.
Em entrevista ao jornal Polígrafo, perguntado sobre se a Coreia do Norte é ou não uma democracia, o líder do PCP achou preferível discutir “o que é uma democracia”. É uma boa solução, tanto mais que Jerónimo de Sousa não diz nada sobre a sua ideia de democracia, mantendo assim uma nuvem sobre o delicado apoio ao regime de Kim Jong-un no contexto da guerra ao imperialismo ianque. Ora, interessa sabermos o que pensa Jerónimo de Sousa sobre a natureza da democracia norte-coreana? Sim, e muito. O PCP pode argumentar (com toda a legitimidade) que não morre de amores pela democracia como nós a conhecemos (eleições, liberdade de imprensa e de expressão, escrutínio popular) e que prefere, como se suspeita, um regime autoritário, disciplinado e militarizado. Só isso explica o acrisolado amor do PCP por Estaline, manifestado em cada efeméride ligada ao ditador. Claro que Jerónimo de Sousa diz que o seu modelo seria diferente do coreano “tendo em conta a nossa cultura, a nossa história, o nosso povo”. Ora aí está. É que ao contrário de nós, os norte-coreanos gostam muito de levar no toutiço.
Da coluna diária do CM.
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