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Uma amiga garantiu que quatro linhas que escrevi no Twitter foram mais populares do que aquilo que ele referia. Exagero. Mas mereci. O que tinha eu escrito? Que esperava que os teens que na sexta-feira passada se manifestaram “pelo clima” e pela “salvação do planeta” também desligassem a luz e os aparelhos elétricos quando não precisassem deles, tomassem duche de cinco minutos para poupar água e espremessem a pasta de dentes como deve ser. Coisas reacionárias. Durante dois dias fui tratado de velho rezingão que usa “argumentos bafientos”, de desrespeitar os jovens, e aconselhado a preparar o jazigo porque ‘os jovens’ não iam pagar a minha reforma (um leitor anunciou que ia ‘reciclar’ um livro meu). Tentei dizer que não tinha nada contra a greve “pelo clima”, mas esperava apenas que os teen fizessem coisas simples, pequenas, que salvam a nossa vida: poupar água; poupar energia; ser simples; talvez amar a natureza; gastar menos; resistir ao consumismo. Não valia a pena; quem não é da companhia – como dizia Álvaro de Campos – e não usa a linguagem da maquineta, é um trapalhão.
Da coluna diária do CM.
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