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Tagarelas.

por FJV, em 06.03.19

Presidentes que usam o Twitter para comunicar, insultar, responder, altercar ou bambolear-se. Ministros que anunciam medidas falsas ou incorretas no Facebook. Líderes europeus que parecem baratas tontas a falar do paraíso em 200 caracteres no Twitter e em fotos disparatadas “nas redes”. Nisto estamos. É certo que a leitora e o leitor veem em mim um cavernícola que não usa Facebook nem publica fotos de família no Instagram, e isso fará de mim um espécime caturra e fora de moda – mas aviso-os de que chegará o dia em que haverá gente a correr para “as redes” a fim de apagar o rasto: uma palavra que deixa eco, uma indiscrição que foi (mal) cometida, uma armadilha que faz efeito dias depois. Quem não se divertiu já a vigiar o passado das ‘figuras públicas’? Uns, porque desprezam a privacidade, o recato e o anonimato; outros porque, apesar de presidentes e líderes políticos, se desequilibram com facilidade, incapazes de guardar recato ou de ter juízo (ou porque não conseguem escrever mais do que um tweet) – o festim nu do nosso tempo está aí, à vista de todos. Não é um grande espetáculo.

Da coluna diária do CM.

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