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O senhor juiz, 2.

por FJV, em 04.03.19

A violência, o assédio e o abuso sexuais, bem como a pedofilia, são crimes hediondos. O problema é que o juiz Neto de Moura – que vai processar uma série de gente que o criticou asperamente – não é deste mundo. Não compreendeu o óbvio: as suas decisões teriam efeitos secundários perniciosos e um agravamento da violência sobre as vítimas (mulheres alvo de energúmenos); os homens que saíram beneficiados das suas sentenças e acórdãos cometeram faltas graves aos olhos da sociedade – e da lei; a violência de um homem sobre uma mulher é sempre indesculpável e um crime agravado, ao qual é necessário pôr termo com urgência. Podia continuar a enumerar razões pelas quais o juiz Neto de Moura devia ser afastado de processos desta natureza – mas os leitores já o perceberam há muito, e não compreendem como pode a justiça (por mais engenharia jurídica que encontre) proteger bárbaros que perseguem, ameaçam, violentam e aniquilam. Ora, um juiz – por muito que cohabite com os seus códigos – deve também ser contemporâneo dos seus contemporâneos e merecer-lhes a confiança. Não é o caso.

Da coluna diária do CM.

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