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Para uma nova época revolucionária destinada a criar o “socialismo proletário” – o grande desafio – era necessária uma organização poderosa construída “sob o rugido das metralhadoras, o derrube das catedrais e o discurso patriótico dos lacaios do capital”. Em 1915, era assim que Trotsky definia os objetivos do que viria a ser a Internacional Comunista (para entendidos, a Terceira Internacional ou Comintern), cuja primeiro congresso decorreu em Moscovo, a 2 de março de 2019 – passam amanhã cem anos (a ‘secção portuguesa’ seria anunciada dois anos depois). A presidir aos trabalhos, Lenine, acompanhado de uma equipa onde estavam os nomes de Trotsky, Zinoviev, Rakovsky ou Victor Serge. Curioso destino: Trotsky, deportado e rebaixado a “inimigo do povo” por Estaline, foi assassinado em 1940, no exílio; Zinoviev foi executado em 1936 (no processo conjunto com Kamenev); Serge morreu exilado no México, em 1947; e Rakovsky foi fuzilado em 1941, depois de condenado a 20 anos (com Bukharine, Yagoda ou Rykov). Com método e afinco, a revolução devoraria os seus filhos. E os dos outros.
Da coluna diária do CM.
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