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Dando-se o caso de – como qualquer pessoa normal e na posse de parte das suas faculdades – ter passado a noite de domingo a dormir, foi com grande espírito de sacrifício e de missão que vi, em gravação, parte da “cerimónia da entrega dos Óscares”. Foi muito penoso, e não me refiro aos trailers dos filmes – a única parte mais ou menos interessante da coisa. Atores chatos (com poucas exceções todos pareceram largamente patetas) e atrizes chatas peroraram ao longo de duas horas, vestiram coisas inenarráveis e deram gritinhos histéricos. O momento mais deprimente da noite (o celebrado dueto entre Lady Gaga e Bradley Cooper) alternou com sugestões, alusões e confusões acerca dos EUA, sexo e outros assuntos importantes. Toda a gente estava muito tensa, com medo de dizer piadas. Os comentadores, muito ilustrados, gemiam observações sobre rabos de palha de produtores e realizadores. Para cúmulo, aquela mistela não tinha apresentador (Billy Crystal devia ter sido entronizado como mordomo geral e a título vitalício) e toda a gente pareceu contagiar-se de inanidades parvinhas. Uma seca.
Da coluna diária do CM.
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