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Onze milhões de almas, praticamente – é tudo quanto somos. Parte delas estavam ontem indignadas com a situação de abandono a que chegou o edifício do Teatro Portalegrense, inaugurado em 1854 e que está à venda desde 2013, até ter chegado às páginas da OLX, onde o anúncio da secção de imobiliário pede 350 mil euros. Por volta de 1943 uma inspeção tinha já declarado que o edifício não tinha condições para a representação de espectáculos – e na década de 80, a situação era bem degradante. Pela província fora, há outros edifícios semelhantes; representam um país em que havia vida na província e gente nas escolas. Agora há sobretudo exceções pontuais. Os Verdes, uma delegação do PCP, interpelou o governo porque o edifício é “propriedade de privados”, suprema afronta – e a ministra da cultura pediu tempo para avaliar eventual classificação, uma vez que foi aí representada a primeira peça de Régio (muito má). A câmara de Portalegre diz que não pode fazer nada – mas classificou-o de “interesse municipal” em 2010. São uma pena, as ruínas do Portalegrense. Mas uma pena já anunciada há muito.
Da coluna diária do CM.
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