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O papa visitou os Emirados Árabes. Se a ignorância fosse cotada na Bolsa, haveria muita gente rica ao fim destas 48 horas em que o chefe da Igreja Católica esteve no Golfo: em Portugal o assunto não teve grande destaque e, pelo que ouvi em algumas televisões, alguns cavalheiros trataram o acontecimento em tom cómicos. Acontece que este foi um dos encontros mais importantes do papa com um líder muçulmano, na altura em que os cristãos estão a sofrer perseguições em África, na Ásia e no Médio Oriente (sem falar da Europa, mas isso é outro problema). Ao conseguir, com o Imã da universidade de Al-Azhar (um dos grandes centros de irradiação de teologia islâmica), assinar uma declaração condenando a violência e a intolerância religiosa, ou exortando ao fim das discriminação das mulheres. Em Abu Dhabi o papa estabeleceu uma ponte para o Islão (sunita) e um miradouro sobre os territórios do outro lado do Golfo; é um passo importante para alguma esperança entre gente de bem. Eu, que não sou papista nem faço parte da legião de fãs de Francisco, acho que se tratou de um momento raríssimo.
Da coluna diária do CM.
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