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Volto ao tema de ontem – o caso do Bairro da Jamaica – mas não para comentar as declarações trapalhonas (apressadas e imbecis) de Joana Mortágua e de Mamadou Ba, às quais voltarei. O que é assustador é que os oficiais do regime continuam a debater a questão do racismo quando o problema é sobretudo o da pobreza e da degradação. Percebe-se muito bem que o PCP tenha dito que não quer “alimentar a intranquilidade” porque o seu município-bandeira, o Seixal (44 anos na câmara), mantém a vergonha de Vale de Chícharos, ou Jamaica. A história do bairro é lastimável. A sua origem é criminosa. Tem pelo meio as palavras ‘abandono’, ‘gueto’, ‘miséria’ e ‘marginalização’. Foi para lá que enviaram e se refugiaram os negros – e, na penumbra (porque o Estado ali não entra a não ser de capacete), toda a espécie de criminalidade. Entretanto, o bairro vive naquelas condições, o que nos deveria envergonhar a todos, mas sobretudo a autarquia; com tanto lerolero, já devia ter sido demolido e encontrada uma solução para os seus moradores. Não é preciso pensar muito para ver que é a única hipótese.
Da coluna diária do CM.
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