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Em fevereiro de 2017, o Presidente da República ligou para a Rádio Comercial para dar os parabéns ao aniversariante Pedro Ribeiro – em direto. Dois anos depois liga para a emissão de Cristina Ferreira, que estreava na SIC. Vá lá: quem não quer que o Presidente ligue? Daqui a uns tempos, tenho certas dúvidas: cuidado, “o Marcelo” pode aparecer, fechem a porta, desliguem o telefone! Estou a exagerar, naturalmente. Quem não quer que o Presidente vá lá a casa beber uma ginjinha em direto? Uma selfie? Um cozido à portuguesa? Um mergulho no açude? Um fino? Estou a exagerar de novo, peço desculpa. Esqueço-me de que se trata do Presidente da República, não “do Marcelo” – e que devemos, em todas as circunstâncias, respeitar o papel e o estatuto do Presidente da República. Mesmo “o Marcelo” merece alguma travagem nos ímpetos mais populares. Afinal de contas, “o Marcelo” é o Presidente da República – mesmo que sejam, aparentemente, duas pessoas diferentes. O problema é que andar no fio da navalha é uma atividade demasiado perigosa para ser praticada pelo Presidente, de quem todos dependemos.
Da coluna diária do CM.
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