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Aleksandr Soljenítsin morreu em agosto de 2008, na Rússia. Expulso da URSS em 1974, provavelmente pensou que nunca voltaria ao seu país – o que aconteceu 20 anos depois, em 1994. Teve sorte; foi expulso depois de ter sobrevivido a combates da II Guerra (duas condecorações), perseguições, prisões (foi declarado ‘inimigo do povo’ em 1945), um cancro e tentativas de assassínio. Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, de 1962, em parte autobiográfico, é uma das primeiras denúncias abertas acerca do Gulag e do horror soviético – a que se seguem, depois da prisão, O Primeiro Círculo e O Pavilhão dos Cancerosos, escritos em exílio interno no Cazaquistão e publicados fora da URSS. O Arquipélago de Gulag, a mais violenta descrição dos campos de concentração soviéticos, foi escrito durante dez anos, até 1967, e publicado no Ocidente em 1973 (em Portugal, em 1975), três anos depois de lhe ter sido atribuído o Nobel. Soljenitsín é um grande escritor, com uma prosa de primeira, mas também um historiador daqueles anos de chumbo e opressão. Passam hoje 100 anos sobre o seu nascimento.
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