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Grilhetas amáveis.

por FJV, em 04.12.18

Já vi editores caírem na pobreza depois de uma vida consagrada a publicar livros notáveis (coisa que não lamentam, honrados como são). Nunca vi grandes conglomerados da imprensa apoiá-los com vigor em nome da diversidade cultural, do pluralismo e da liberdade. Pelo contrário, vi-os fazerem acordos políticos para estenderem o seu poder para além da fronteira da decência – muitas dessas jogadas resultaram em prejuízo do jornalismo e dos jornalistas e, por extensão, da liberdade de imprensa, do pluralismo e da independência, mas em benefício de estratégias pessoais e dos políticos amigos. Alguns, agora, festejam a ideia de apoios do Estado (e do contribuinte que já pagou a fatura dos despautérios da banca pública e privada que se misturou com os seus interesses) para salvar empresas que conheceram o apogeu, a ostentação, a soberba e a ideia de elegerem presidentes da República ou de andarem de braço dado com o Estado, do qual todos querem depender ou receber comendas. A imprensa precisa de apoio dos seus leitores – mas não de absolvição política, nem de grilhetas amáveis.

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Crónicas.

por FJV, em 04.12.18

Estes textos são, na sua quase absoluta maioria, crónicas diárias publicadas no Correio da Manhã.

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