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Deve o Estado, que já detém a RTP (onde devia investir em qualidade), apoiar financeiramente a imprensa e a comunicação social em geral? A ideia foi sugerida pelo Presidente – e logo apareceram órgãos de comunicação a apoiá-la e a confirmar que sim, precisam de apoios. Uma coisa é a existência de benefícios pontuais (para todos) – diferente é o apoio a empresas que ruíram depois de gestores e proprietários loucos terem perpetrado, com o apoio da banca, pública e privada, jogadas suicidas e estratégias de grande monopólio. Quase sempre em conluio com interesses particulares que no momento ocupam “o Estado”. Eu trabalho num negócio periclitante, o da edição de livros (líder de criação de emprego e de valor nas chamadas “indústrias culturais”), onde lutamos diariamente contra a indiferença “da imprensa”, o despautério do sistema educativo e os “perigos do mercado” – aguardo apoios, então. Para todos e aos magotes. Sem reservas. Em nome “da cultura” e da pluralidade. Tenho uma grande lista de livros a publicar e não me interessa se vendem ou não – é isso? Venham apoios. Que riqueza.
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