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Civilização. Penso nessa palavra para referir que no próximo domingo passam 380 anos sobre o nascimento de Catarina de Bragança (1638-1705), mulher de Carlos II de Inglaterra e, portanto, senhora dos reinos de Inglaterra, da Irlanda e da Escócia – e do que isso significava. Os americanos impediram a colocação de uma estátua sua no bairro de Queens (blablabla, multiculturalismo, blablabla), mas há coisas mais importantes. Odiada por uma parte da corte britânica por ser “papista”, católica, a rainha Catarina, filha de D. João IV, levou-lhes o hábito de beber chá às cinco da tarde (e a entrega de Bombaim, já agora, em troca do apoio militar para a guerra com Espanha), a ópera italiana (a ópera, portanto), o uso de pratos e talheres à mesa e, também (mas há discussão sobre isso) o bolinho conhecido por “queque” (aportuguesamento de “cake”) e a utilização de tabaco para fins medicinais – e recreativos. Rainha sitiada no país onde reinou, regressou a Portugal sete anos depois de ter enviuvado (em 1685). Antonia Fraser e Jean Plaidy escreveram sobre ela, maravilhosamente. Salve, Rainha.
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