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Bolero, Ravel.

por FJV, em 21.11.18

Uma mesa gigantesca. Era isso o Bolero de Maurice Ravel (1875-1937) interpretado pela coreografia genial de Maurice Béjart (1927-2007). Estávamos em Paris, em 1983, e pude comprar um degrau na Ópera para ver o Bolero com a força genial de Jorge Donn, o bailarino que o interpretara pela primeira vez como figura masculina no filme Les Uns et les autres, de Lelouch. E, portanto, hipnose pura – quinze minutos (14 minutos e 10 segundos na partitura de Ravel) de um crescendo maravilhoso e sensual. A peça estreou no dia 22 de novembro de 1928; passam amanhã exatos 90 anos sobre o pequeno escândalo que foi a execução do ballet por Ida Rubinstein (uma figura magnífica, judia russa, bissexual, amiga de Claudel, D’Annunzio, Debussy, Stravinsky) com coreografia de Bronislava Nijinska, irmã do bailarino russo. Fica a música, hoje – e a sua intensidade, familiar de peças como Pavana para uma Infanta Defunta, La Valse ou Daphnis et Chloé, outras peças de Maurice Ravel que amanhã devíamos também ouvir – para assinalar a efeméride de Bolero e a grande beleza da música.

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